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2 September 2014

Diário de Viagem: Saint-Malo

Quando meus amigos belgas do grupo de escalada mencionaram Saint-Malo, uma cidade localizada no estado da Bretanha, eu não imaginava que seria tão extraordinária. No entanto, fiquei completamente surpresa com o que encontrei.

Saint-Malo possui os muros do centro antigo completamente restaurados, construidos originalmente no século XII. É incrível poder caminhar pela passarela dos muros, proporcionando uma vista elevada e um ângulo interessante para admirar os prédios antigos e o litoral.

É aqui também que Jacques Cartier, reconhecido como o primeiro navegador europeu a explorar o Canadá, partiu do porto de Saint-Malo. Lembram-se da invasão francesa no Rio de Janeiro? Pois é, o responsável pelo feito foi René Duguat-Troui, em 1711, que partiu deste mesmo porto.

Os vitrais coloridos da Catedral de Saint-Malo me impressionaram profundamente, especialmente a cor violeta extremamente vívida. Embora a foto não consiga capturar toda a beleza do local, vale ressaltar que é uma experiência única. Na catedral, encontramos o túmulo do navegador Cartier, que era amigo de Diogo Álvares Correia, mais conhecido como Caramuru. Ele era um português que naufragou na costa brasileira em 1509, sendo recebido pelos índios tupinambás e se casando com a indigena Paraguaçu, cujo batismo ocorreu nessa mesma igreja em 1521.

A cultura de Saint-Malo difere significativamente do resto da França, devido à sua localização na Bretanha, onde até mesmo o idioma falado é diferente do francês. A cidade carrega fortes influências celtas, sendo habitada desde o século VI por monges irlandeses.









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